O Sempre Viva Festival, em sua segunda edição, consolidou-se como um evento essencial no cenário cultural de Palmas, celebrando e promovendo o talento das mulheres artistas e profissionais da cultura na cidade. Realizado pela Fundação Cultural de Palmas (FCP), o festival ocorreu nos dias 7, 8 e 9 de março, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, no Espaço Cultural José Gomes Sobrinho.
Desde o primeiro dia, o festival deu palco a momentos significativos. A abertura ocorreu na quinta-feira, 8, com a exposição de artes visuais Sempre Viva, de obras do acervo da FCP, todas elas produzidas por artistas mulheres. Logo em seguida, foi realizada a roda de conversa “Mulheres da Música”, mediada pela professora de canto Ane Oliveira, e que contou com a participação da maestrina Renate Stephanes, da cantora Malusa e da violeira Cecília Andrade.
Cecília falou sobre como foi sua participação. “Foi um prazer muito grande participar do festival. Eu acho que é um momento precioso de interação entre mulheres. Eu, como musicista, me senti muito honrada e privilegiada de estar ali com uma cantora negra que vem batalhando, mostrando a sua força (Malusa), e também a maestrina, meu sonho sempre foi ter uma conversa com ela e o Festival Sempre Viva proporcionou isso para mim. Então eu sou muito grata pelo que a gente viveu ali e compartilhou.
Sobre o festival
O Sempre Viva Festival foi pensado para contemplar e homenagear as artistas e profissionais da cultura em Palmas, apresentando o resultado dessa arte para a cidade. A secretária-executiva da FCP, Euzeni Pedroso, comemorou a realização do evento e falou da sua importância. “O Festival nasceu da necessidade que nós da FCP entendemos existir no cenário da nossa cidade, da gente buscar dar mais visibilidade às mulheres. Às mulheres da cena, às mulheres da música, às mulheres fazedoras de cultura, às mulheres que trabalham com artesanato, às produtoras. Todas as mulheres que de alguma forma contribuem para o fazer, para o fomento, para o desenvolvimento da cultura de Palmas.
Durante os dias seguintes, o festival continuou a proporcionar ao público uma programação repleta de poder feminino. Na sexta-feira, 8, as mulheres da cena cultural de Palmas se reuniram para uma roda de conversa mediada por Arabelle Hadife, com a participação de Chaylla Ramos, Cinthia Abreu, Érika Mariano e Ester Monteiro. A abertura foi marcada pela esquete teatral “Me gritaram Negra”, estrelada por Cinthia Abreu e Shyla Virgínio.
No encerramento do evento, no sábado, 9, a população contou com uma tarde repleta de atividades na Grande Praça do Espaço Cultural, com estandes de alimentação e artesanato. Começou com a roda de conversa “Mulheres que contam histórias”, que deu voz às artistas visuais e escritoras da cidade, reafirmando a importância do papel das mulheres na preservação da cultura e na transmissão de saberes. Houve espetáculo de circo com TrupeAçu, formada por duas palhaças de Palmas, apresentação das dançaridas da Cia Juvenil de Dança e show do grupo musical Tô Pagodeira, completamente formado por mulheres.